14 abril 2014

Série Sherlock

Por Clio, revisado pela Princesa do Oriente Médio.

Uma das melhores séries britânicas atualmente.
Uma das séries britânicas mais aclamadas atualmente, tanto por fãs quanto pela crítica, Sherlock é uma série policial da BBC onde cada temporada contém três episódios que duram aproximadamente noventa minutos, mas não se assustem, pois o tempo passa extremamente rápido por conta de todos os detalhes, para àqueles que detestam o tipo de série cheia de detalhes e cansativa posso lhes garantir que de cansativa essa série não tem nada, pelo contrário, os episódios passam tão rápido que no final você fica querendo mais. Os criadores da série são Steven Moffat e Mark Gatis (que interpreta Mycroft Holmes, irmão de Sherlock e “seu maior arqui inimigo” como o mesmo o descreve) e com o enorme sucesso da primeira temporada a série foi renovada e, para a alegria dos fãs, no ano que vêm estreia a sua quarta temporada.


Benedict Cumberbatch
é o nosso Sherlock.
Vamos aos fatos, a série é baseada nos livros de Sir Arthur Conan Doyle e traz para o século XXI as histórias de um dos personagens mais famosos da literatura mundial: Sherlock Holmes e seu fiel companheiro Dr. John Watson. Dando vida a Holmes, nós temos o ator Benedict Cumberbatch que interpretou o vilão Khan no mais novo filme de ‘’Star Trek’’ e emprestou a sua voz e alguns movimentos ao dragão Smaug e ao Cartomante no filme ‘’O Hobbit: A desolação de Smaug’’, e interpretando Watson nós temos Martin Freeman que interpreta nosso querido Bilbo Bolseiro nos filmes ‘’O Hobbit’’ e Arthur Dent em ‘’O guia do mochileiro das Galáxias’’.

Um Estudo em Vermelho é
o livro onde tudo começou.
Benedict interpreta Sherlock de uma maneira espetacular, consegue deixar a personalidade de seu personagem original praticamente intacta e acrescentar algumas característica que fazem com que o telespectador o odeie, ame e se surpreenda ao mesmo tempo, mesmo a aqueles que já leram algum dos livros de Conan Doyle. Holmes é genioso, arrogante, frio, excêntrico, racional, às vezes possui uma certa inocência (se é que posso denominar assim) em alguns assuntos relacionados a sentimentos e sua principal característica é ser um homem extremamente genial. 

Martin Freeman interpreta
o nosso fiel Watson.
Martin Freeman interpretando o seu Watson, pé no chão e gente boa, é quase sempre atraído pelo perigo o porquê disso vocês vão entender ao chegar na 3ª temporada e se Sherlock muitas vezes é desprovido de sentimentos John os tem em excesso e, creio eu, é sua característica mais marcante ele também é um amigo fiel capaz de dar a sua vida pelo companheiro. Watson é um ex-soldado da guerra do Afeganistão que precisa de alguém para dividir um apartamento, afinal morar em Londres não é barato, que encontra, por intermédio de um amigo, Sherlock, um consultor da Scotland Yard.
  Os dois alugam o apartamento 221B na rua Bakerstreet que tem como dona a Sra. Hudson que comete o equívoco de pensar que os dois são um casal só pelo fato de que são dois homens já não tão jovens que querem dividir um apartamento, depois com o fato da amizade dos dois crescerem cada vez mais ela tem certeza de que são um casal e chega a ficar brava com John quando, spoiler da 3ª temporada, ele chega a se casa com uma mulher, nossa querida Mary (que esconde muitos segredos) isso quebra aquela tensão da série colocando um pouco de humor, sem exagero. No começo John se surpreende com a falta de sensibilidade e com a inteligência de Holmes, mas ao longo da primeira temporada ele acaba se acostumando e os dois se tornam quase inseparáveis.
"Uma vez eliminado o que é impossível, a hipótese restante,
 por mais improvável que seja, deve ser a verdadeira" - Holmes

A adaptação da série para os tempos atuais fez com que Holmes e Watson utilizassem as novas tecnologias como auxilio para resolver os casos, também houve outras adaptações nas rotinas e objetos que os personagens originais praticavam e usavam, como o fato de Sherlock usar fitas adesivas de nicotina ao invés de fumar um cachimbo ou John escrever em um blog ao invés de usar seu bloco de notas ( ele só usou o bloco no primeiro capítulo da 1ª temporada). Mas o Sherlock da série, como o original, continuou fazendo várias de suas pesquisas  no laboratório da universidade e em seu próprio apartamento para o delírio da Sra. Hudson (imaginem por um segundo, você chega em casa com sede, vai até a geladeira e ao abri-la encontra uma cabeça humana em decomposição, sim meus caros, sejam bem vindos ao mundo sherlockiano).


O maior vilão de Sherlock:
 Jim Moriaty
Os episódios são baseados em algumas histórias de Conan Doyle, o primeiro episódio titulado “A Study in Pink”( Um estudo em rosa) faz referência ao romance ‘’Um estudo em Vermelho’’, onde Holmes e Watson se conhecem e juntos resolvem seu primeiro caso. Ainda na segunda temporada, seu último episódio nos apresenta o maior vilão de Holmes: Jim Moriaty. Nos livros Moriaty é um professor poderoso que enfrenta Holmes várias vezes através de seus criminosos e só ficam cara a cara na história titulada ‘’O Problema Final’’, na série Moriaty é introduzido no último episódio da primeira temporada, The Great Game, nos mostra um homem extremamente inteligente e um pouco psicopata com uma certa loucura no olhar e obcecado por Holmes. O ápice do duelo entre os dois só acontece no último episódio da segunda temporada com um final que surpreendeu a todos que assistiram. Nos episódios da segunda temporada são feitas adaptações às histórias mais conhecidas: ‘’Um escândalo na Bohemia’’, em que Irene Adler (o único amor de Sherlock) é apresentada,  ‘’O cão dos Baskervilles’’ (meu livro preferido de Conan Doyle) e ‘’O problema final’’ que Holmes e Moriaty se encontram novamente fechando a temporada com chave de ouro.



"Minha vida é um esforço contínuo para escapar da rotina do dia a dia." - Holmes
Sherlock, sem sombra de dúvidas, tornou-se uma das minhas séries preferidas. Contendo suspense, um pouco de ação, uma pitada de humor e episódios inteligentes e surpreendentes é uma série que recomendo a todos, e como os episódios são bem construídos mesmo se você nunca leu ou ouviu falar de Sherlock Holmes e Watson você consegue compreender, porque a história é contada desde o momento em que os dois se conhecem, então, vale apena tirar um tempinho para acompanhá-la. Preferi não comentar, pelo menos agora, sobre a terceira temporada (mesmo tendo dito um spoiler enorme), pois é preciso assistir as duas primeiras para não estragar as surpresas da terceira e eu só tenho uma palavra para defini-la: eletrizante (eu sei que parece um pouco clichê, mas não existe outra palavra para defini-la, principalmente o último episódio) e em apenas uma palavra consigo definir a série toda: perfeita. Espero que tenham gostado e  assistam a série.

05 abril 2014

RPG: adentrando as artes ou a loucura?



Por Don Magno, coração de leão, revisado pela Princesa do Oriente Médio.

mas é verdade!
            Eu sei galera, por favor, não me xinguem, já faz mais de um mês que eu não posto nada no blog e tudo mais. Em minha defesa apenas direi uma coisa: a faculdade não me deixou nem respirar! Mas como vocês não têm culpa disso trarei um excelente texto, pelo menos essa é a ideia, sobre o jogo de RPG.
            Neste pequeno artigo que estou escrevendo pretendo explicar para os não iniciados, o que é RPG e falar um pouco sobre o árduo trabalho do mestre, das funções dos jogadores e tentar legitimar esse meu título maluco, bem galera então chega de enrolação e vamos ao texto!


RPG, o que é?

            De todos os tópicos desse humilde texto, acredito ser esse o mais difícil. Por dois motivos básicos: o primeiro é que o conceito de rpg é tão familiar para seus jogadores que não sabemos explicar, sabemos o que é. O segundo motivo é que quem nunca jogou (exatamente para o tipo de pessoa que estou escrevendo esse tópico) terá uma dificuldade monstro para visualizar o que estará sendo relatado aqui.
            Bem vamos tentar então e ver o que sai?!
            Começamos pela definição desta singela sigla, o que quer dizer rpg? Em bom inglês Role-Playing-game em uma tradução porca podemos dizer que é: jogo de interpretação de personagens.
            E a resposta está? Certa! É exatamente isso um jogo de rpg. Não entendeu? Pois bem vamos tentar de uma forma diferente. Imagine certo número de pessoas - Sim rpg é um jogo em grupo onde EU considero ideal que o número máximo de jogadores sejam sete, um mestre e seis jogadores, não sabe o que é o mestre e os jogadores? Espere mais um pouquinho! - em volta de uma mesa ou algo parecido com folhas estranhas escritas ‘’fichas de personagens’’, com livros e dados estranhos, dados com mais de 6 lados, sim eles existem, e esse grupo de malucos estão interpretados personagens.
pequena imagem ilustrativa que achei
            Mas aí você pergunta: Don Magno como assim? Interpretando o quê? Quais regras? Quem ganha o jogo?
            Bem vamos responder a primeira pergunta junto com a segunda. O que eles estão interpretando e quais as regras do jogo. A resposta é: depende do sistema de rpg que estão jogando. Para ser mais claro rpg não é um jogo, mas um conceito de jogo, onde existem os mais variados cenários com suas variadas regras, desde jogos medievais (os mais comuns) até jogos de futuro apocalíptico.
            Sei que uma pergunta persiste: quem vence o jogo? Bem ninguém! O jogo não se vence geralmente as pessoas interpretando um personagem, com exceção do mestre, que tem seus próprios objetivos e ‘’junto com seus amigos aprontam altas confusões’’ em busca dos mesmos! PS: desculpe, eu não resisti à piada!


O mestre

qualquer semelhança não é mera coincidência

            Então aqui é hora de falar dessa figura emblemática do jogo: o ser dotado de quase todo o poder, aquele que cria obstáculos e auxílios, amados por uns e odiados por outros, é claro que estamos falando do mestre do jogo.
            Vale salientar mais uma vez, esse texto é para pessoas que não conhecem o jogo de rpg, portanto, você conhecedor de todas as regras de mais de 10 jogos diferentes por favor fique na sua hahaha.
            Pessoa que nunca jogou ou viu alguém jogando rpg na vida, tente visualizar a cena que transcrevi acima, só para salientar um grupo de umas 7 pessoas em uma mesa com folhas escritas ‘’ficha de personagem’’, alguns livros e dados com mais de 6 lados. Dentre todos esses estranh.... ops quero dizer jogadores, temos o mestre. Geralmente o mestre é quem melhor detém o conhecimento das regras do jogo que está sendo interpretado.
            Cabe aqui dizer a pessoa que vai mestrar o jogo deve ter uma gama de habilidades diferentes. Não basta apenas conhecer as regras, também deve ser criativo, forçar os jogadores a tomar o caminho que ele quer torna o jogo uma bosta; habilidades de descrição, já que o trabalho de descrever todo o cenário, os personagens e as cenas são de sua responsabilidade; deve ter capacidades interpretativas, porque ele controla todos os outros personagens não jogáveis e os npcs no linguajar rpgista, pois é bom que no mínimo eles sejam bem interpretados. Mas na minha humilde opinião o principal atributo de um mestre é o bom senso, saber a hora certa de ignorar as regras ou então de segui-las é fundamental, saber balancear o nível de dificuldade do jogo e tornar a partida mais divertida.
            A partir de tudo isso que foi dito aqui neste tópico tenho a mais absoluta certeza que o mestre deve ser um ator, diretor, redator, um manjador das artes cênicas como um todo ou então, talvez, quem sabe, estar sobre o efeito de drogas. 

  
Jogadores

            Vamos lá galera, fazer uma forcinha mental comigo, se o mestre é o cara que narra/conduz o jogo os jogadores quem são? Os jogadores ora bolas! kkkkkk.
            Brincadeiras a parte, os jogadores são de fundamental importância para o jogo, não é porque eles devem seguir o que o mestre narra que seu papel se reduz a meros coadjuvantes, muito pelo contrário.
            Todo o processo de construção da campanha e das suas respectivas sessões (campanha é o jogo como um todo e sessões são os diferentes dias em que se jogou rpg), são um trabalho em conjunto entre o mestre e seus jogadores. Sem dúvida o jogo só pode ser interessante se mestre e jogadores forem bons.
            Mas Don Magno o que seria um jogador ruim? Podemos dizer várias coisas de um jogador ruim, mas acredito que os principais problemas são dois: o chorão e o troll.
            O grande problema do chorão é sua não aceitação das regras ou então da sua sorte. Suas reclamações que vão desde ‘’mas o mestre não está me dando tanto XP quanto para os outros’’, ou então, ‘’está dando a mais porque só comigo que o dado sacaneia’’. As reclamações do chorão tendem a fazer o jogo ficar insuportável.
de assas a sua imaginação. PS: sim estou reciclando uma imagem de um posto do Darth Wallyouko
            Por outro lado o troll tem uma característica bem similar, joga para ferrar o grupo. Vejam bem, rpg é um jogo de interpretação então se um dos jogadores tem um personagem com defeitos que podem atrapalhar o grupo é bom que os mesmos aconteçam, o que de fato o difere daquele jogador que tem um mago super bonzinho, mas que do nada resolve não ajudar os amigos, enfim, esse tipo de jogador é irritante.
            Mas quais as características de um bom jogador então? Para mim elas são duas: a interpretação e a criação de personagem. Jogadores capazes de criar personagens carismáticos ou repugnantes tornam o jogo incrível, aliados com uma habilidade de interpretação, então, aí fica maravilhoso!


Enfim

            Espero ter conseguido despertar a vontade de todos os leitores que não conhecem o rpg de conhecê-lo, sei que o texto é um pouco confuso, mas acho que não teria como ser mais claro que isso, muito obrigado galera!
sim o flamiregado lado de 20 lados existe!!!
            Antes de ir embora, contudo, quero recomendar a todos a trilogia de podcasts de rpg do site jovemnerd.com.br e um outro cast dos mesmos, sendo o primeiro episódio de uma nova trilogia. A primeira trilogia se passa em um mundo medieval e o episódio separado em um mundo futurista, segue-se os links:

            Bem galera, não conheci as internets por querer!